ARQUÉTIPOS

QUAL PERSONALIDADE TEM SUA MARCA?

Veja abaixo os 12 arquétipos:

Motivação

Os 12 arquétipos podem ser divididos em quatro grupos, de acordo com os quatro principais impulsos humanos:

Mestria/Risco: Quando queremos fazer algo notável e ser lembrado para sempre e quando lutamos pelos nossos sonhos. Mesmo que para isso seja preciso quebrar regras e superar desafios (arquétipos do Herói, Fora-da-Lei e Mago). 

Independência/Auto-realização:  Quando há um desejo de ficar só, refletir, decidir e conhecer o verdadeiro Eu. Aqui, nós não nos moldamos. Aqui, é do nosso jeito (arquétipos do Inocente, Explorador e Sábio).

Pertença/Grupo: Ajuda quando a pessoa sente profunda necessidade de pertencer a um grupo. Seja na universidade, seja indo ao bar com os amigos. E até nos moldamos para pertencer. (arquétipos do Bobo da Corte, Cara Comum e Amante).

Estabilidade/Controle: Quando queremos ter um certo controle das coisas. Na verdade, queremos ter poder nas mãos. (arquétipos do Criador, Prestativo e Governante).

No entanto, para nos sentirmos completos, buscamos a todo instante o equilíbrio. O equilíbrio de estar no centro desses impulsos, mas isso é quase impossível. Estamos sempre pendendo para um lado, pois os nossos desejos mudam a cada momento.

Para cada impulso humano, três arquétipos e seus principais lemas:

Mestria/Risco

– Herói, “Onde há vontade, há um caminho”
– Fora-da-lei, “As regras foram feitas para serem quebradas”
– Mago, “Pode acontecer!”

Independência/Auto-realização
– Inocente, “Somos livres para sermos nós mesmos”
– Explorador, “Não levante cercas à minha volta”
– Sábio, “A verdade libertará você”

Pertença/Grupo

– Cara-comum, “Todos os homens e mulheres são criados iguais”
– Amante, “Só tenho olhos para você”
– Bobo da Corte, “Se eu não puder dançar, não quero fazer parte da sua Revolução”

Estabilidade/Controle
– Governante, “O poder não é tudo… é só o que importa”
– Prestativo, “Ama teu próximo como a ti mesmo”
– Criador, “Se puder ser imaginado, poderá ser criado”

Existem grandes marcas, que incorporam e moldam toda a sua comunicação baseada em um único arquétipo.

Se você pegar a Coca-Cola, por exemplo, vai perceber que ela propaga um mundo melhor. Um mundo feliz. “Viva o lado coca-cola (feliz) da vida.”, “Viva o que é bom”, e agora, recentemente, “Abra a felicidade”.

Pura inocência. O inocente quer um mundo melhor, mas não faz nada para tê-lo. Ele apenas o espera. As pessoas saciam esse anseio, de certa forma, bebendo coca-cola. A coca-cola vende felicidade, não apenas um refrigerante de cola.

A Pepsi, por outro lado, nos diverte utilizando o arquétipo do Bobo da Corte.

Sim, porque se a Pepsi fosse inocente, seria muito difícil aumentar o seu market share já conquistado pela Coca.

Sua comunicação tem que ser diferenciada, já que o produto nem é tanto. O Bobo da Corte é assim: malandro, animador, palhaço, tolo e o comediante.

A Levi’s, nos impulsiona a ir ao encontro da natureza, explorar o mundo. E é isso que o explorador, no seu nível mais alto, procura.

O jipe Wrangler, com seu slogan “leve seu corpo aonde sua mente já passeou”, é fantástico para quem quer pôr o pé na estrada e conhecer novas trilhas.

Produtos ou serviços que servem de acessórios para a “jornada exploratória” das pessoas se encaixam perfeitamente nesse arquétipo: automóveis, roupas, mochilas, barracas, cafés…

Sim, cafés, por que não? Afinal, você precisa dar uma paradinha no meio da estrada. Não é mesmo? A Starbucks é uma marca forte dos exploradores. Lá, o café é do seu jeito.

A Nike, por exemplo, é uma marca do Herói. Ela nos motiva quando somos impulsionados pela Mestria/Risco.

Não é a toa que ela patrocina vários times competitivos. Nós compramos Nike para vencer competições. E ela nos motiva a não desistir nunca. “Just Do It (Apenas Faça)”.

Use Nike e vença, ponto final.

E a Harley-Davidson? Onde você acha que se encaixa?

Sem dúvida no fora-da-lei. Quem sobe em uma Harley não tá nem aí para as regras. Eles querem mesmo é quebrá-las.

O executivo da empresa disse certa vez: “o que vendemos é a oportunidade de um contador de 43 anos se vestir de couro preto, sair de moto por aí e ver as pessoas com medo dele”. É exatamente isso.

Entendendo bem o conceito e o estudo de arquétipos, é possível dar um significado profundo e uma vitalidade rara à marca.

Apesar de ser um estudo novo – de uns 10 anos pra cá – ele já está sendo aplicado por grandes marcas.

Analise com calma a história da sua marca, os seus valores básicos e o seu diferencial. Como a empresa começou? O que as pessoas pensam sobre ela?

Busque a alma da sua marca e incorpore um arquétipo.

As pessoas cada vez mais vão se identificar com a marca e perceber, subjetivamente, o seu significado mais profundo.

Não há propaganda ocasional. Tudo é trabalhado nos mínimos detalhes para passar uma imagem ou fixar estereótipos na mente das pessoas.

É preciso ter a mente aberta: aqui existe psicologia, mitologia, marketing, branding, filosofia, motivação, emoção e grandes ideias.

Vamos tentar ter uma visão bastante ampla, que propõe descobrir o significado mais profundo do branding (construção de marcas).

Essas ideias são de um estudo feito por Margaret Mark e Carol S. Pearson, autoras do excelente livro O Herói e o Fora-da-Lei.

Afinal, o que é arquétipo?

Arquétipo é a primeira ideia, o começo de algo.

Qual o arquétipo de uma cadeira, por exemplo? Ah, uma cadeira precisa de um assento, alguns pés e um encosto. Existem milhares de cadeiras no mundo, mas o arquétipo dela é único.

Qual o arquétipo de um herói? Super-Homem, por exemplo. Qual a graça se o Super-Homem resistisse a tudo, até a kriptonita? Nenhuma, pois ele seria perfeito. E o perfeito não nos atrai. Simplesmente pelo fato de não sermos perfeitos.

Todo herói tem sua fraqueza. Às vezes são rejeitados. Mas, no final das contas, eles se superam e largam tudo para proteger a comunidade. Eles lutam, são corajosos, encaram desafios e se sacrificam. Eles deixam a sua marca no mundo.

O psicanalista Carl Gustav Jung, em sua teoria, observou que nós compartilhamos um inconsciente coletivo.

Trata-se de um inconsciente repleto de desejos comuns. Ele observou, também, que vários mitos e narrativas – em toda a Terra – além de serem semelhantes, nos ajudam a despertar estes desejos.

Assim como o arquétipo do Herói nos motiva à coragem e honestidade, o Explorador nos motiva a pôr o pé na estrada e se mandar… seja pra onde for.

E que tal se uma marca, de certa forma, saciar um pouco esses nossos anseios?

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